Diário da Balonada

Ah, não pense que é tão simples ser obesa... Que é somente uma vida de comer e dormir, pois definitivamente não é... Em 2016 resolvi mudar muitas coisas, uma delas foi o meu peso, já que eu caminhava ao 3º dígito na balança e não suportava mais me ver em espelho ou fotos... Algo tinha que mudar!

Como é muito difícil apenas mudar, recorri a uma boa muleta: o BALÃO INTRAGÁSTRICO!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Por que vemos tantos casos de depressão atualmente?

Faço parte do yahoo!Respostas, e respondi uma questão semelhante hj:

porque a oferta de prazer atualmente é muito grande...antigamente as pessoas chamavam a depressão de "melancolia" que era um momento de recolhimento onde as pessoas analisavam suas vidas, e depois retomavam sua rotina... Era um momento necessário, pro crescimento, pra maturidade... os artistas então tinham muito disso... Hj compramos "alegria em comprimido". Está triste: Toma guaraná, toma sertralina, toma fluoxetina, toma zinco...

As pessoas não aceitam mais que a depressão é um momento de avaliação intima, uma fase de casulo, pra depois virar borboleta... Muita gente sai da depressão direto parao sucesso, algumas continuam ali, cada um precisa de um tempo de reflexão diferente...Acho que precisamos lidar melhor com nossas frustrações... Nem toda grama é verdinha, nem todo dia o céu é azul e nem todo dia o sol brilha tanto, mas temos que superar isso de maneira natural...

Claro que há casos extremos que realmente são doenças, mas de modo geral podemos lidar com nossos aborrecimentos, é que é mais fácil ter autopiedade e acreditar que estamos doentes, é mais cômodo crer que somos vítimas...

A televisão mostra as pessoas sempre com dinehrio, bem vestidas, magras, felizes, com vida plena, filhos gênios que comem salada, pais envelhecendo com saúde... A realidade da maioria não é essa... Nossos filhos nem sempre são santos, nossos maridos tem mau-humor e chulé, nossos pais adoecem, temos câncer, enxaqueca, roupa no varal qdo chove... E é assim mesmo, um dia estamos bem, em outros nem tanto...

Nem todo dia o casamento é bom, nem todo dia ser mãe é bom... Tem dias em que queremos apenas a invisibilidade! Tudo parece ruim demais... Mas nós mesmos precisamos encontrar que há de bom pra nos impulsionar, assumimos muitas obrigações na vida, e depois choramos e falamos que não damos conta... todos querem ser super-homem e mulher-maravilha, e depois ficamos tristes porque não da pra ser herói todo dia... E isso nos abala...

O negócio é instalar uma mola no fundo poço, ou parar de cavar qdo chegar ao fundo...rs

terça-feira, 27 de julho de 2010

Primeiras palavrinhas

Minha filha falou "mamãe" hoje! Foi o máximo... Hoje me dei conta de quase não tiro fotos com ela, no máximo eu encaixo ela embaixo do meu queixo pra não aparecer minha papada e tiro uma fotinho só. Será que no futuro quando ela olhar o álbum vai achar que fui uma mãe ausente?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fases da minha obesidade:

Assim como as fases da morte a minha obesidade também passou pela negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

NEGAÇÃO:

Nessa fase eu entrava numa loja de roupa e esticava a calça jeans 38 com lycra e falava: "Ah, entra sim". Coitada da vendedora, até tentava me prevenir e oferecia uma 44, mas eu não precisava disso. No provador a calça na passava no joelho, e a bendita da vendedora, já revoltada com minha falta de noção, perguntava: "ficou boa, moça?". Eu respondia: "Quase, faltou um dedinho pra fechar o zíper". A pobre alma ainda oferecia: "Quer uma calça 40?", eu devolvia irada: "Não, traz logo a 46".

Eu também tinha o péssimo hábito de provar blusas menores que eu, que ora descosturavam, ora enganchavam e eu tinha que pedir socorro paraa vendedora. Era terrível...

Depois de alguns anos lutando com a realidade veio a nova fase...

RAIVA:

"Eu odeio ser gorda! Ser gorda definitivamente não é um estado de espírito! Como fui ficar desse jeito? É culpa da mamãe, que sempre me deixou comer tudo que queria, e culpa do papai, que inventava sorvete todos os domingos. Essa não sou eu! Deve ser hormonal!"

Alegria de gordo é exame alterado na tireóide. Que bondade poder dizer que se é gordo porque não come demais e sim porque é hormonal. Até aí tudo bem, mas a matéria só surge da matéria. E meus exames estavam normais.


BARGANHA:

"Olha, prometo que se esse vestido entrar em mim eu deixo de comer chocolate. Mamãe, me deixa comer só mais uma taça de sorvete e eu prometo que não janto hoje. Mamãe, eu perdi 95 gramas essa semana, acho que já posso comer lasanha."

Eu me privava de refeições e explodia de comer em outras. Como cheguei a esse ponto? Assim fui para a fase seguinte...

DEPRESSÃO:

Chorava, e comia... Resmungava, e comia... Me isolava, e comia... E nessa fase alcancei meu peso máximo de 96 kg. Eu havia personificado a minha obesidade.

ACEITAÇÃO:

É a fase em que eu me encontro. Hoje peso 93kg... Fora isso já tentei de tudo, regimes drásticos, academia, simpatia, promessa, etc.

Não é que eu goste de mim por estar gorda, não confundam... Eu gosto de mim, APESAR de estar gorda!
A diferença agora é que não sou infeliz porque sou gorda, mas eu seria mais feliz se fosse mais magra.

Minha meta é atingir 70 kg. O caso é crítico... Sei que há muitos como eu por aí... Sentindo as mesmas coisas, com os mesmos objetivos...

Meta para final de Julho: 90kg

A alma dos diferentes

"... Ah, o diferente, esse ser especial! Diferente não é quem pretenda ser.
Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente. Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados para os outros, que riem de inveja de não serem assim. E de medo de não agüentar,caso um dia venham, a ser.

O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição. O diferente nunca é um chato.
Mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis e visadas.
Supondo encontrar um chato onde está um diferente,talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças, mortas. Um diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato.
Chato é um diferente que não vingou. Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem.

Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro.
Diferente que se preza entende o porque de quem o agride. Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.

O diferente paga sempre o preço de estar- mesmo sem querer - alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual: a inveja do comum; o ódio do mediano.

O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo.O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em:"Puxa, fulano, como você é complicado".
O que é o embrião de um estilo próprio em :"Você não está vendo como todo mundo faz? "
O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações os quais acaba incorporando.

Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores. Diferente é o que vê mais longe do que o consenso.
O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham.
É o que engorda mais um pouco; chora onde outros xingam; estuda onde outros burram.
Quer onde outros cansam. Espera de onde já não vem. Sonha entre realistas. Concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados.
Cria onde o hábito rotiniza. Sofre onde os outros ganham.

Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera.
Aceita empregos que ninguém supõe.
Perde horas em coisas que só ele sabe ser importantes.
Engorda onde não deve.
Diz sempre na hora de calar.
Cala nas horas erradas.
Não desiste de lutar pela harmonia.
Fala de amor no meio da guerra.
Deixa o adversário fazer o gol, porque gosta mais de jogar do que de ganhar. Ele aprendeu a superar riso, deboche, escárnio, e consciência dolorosade que a média é má porque é igual.
Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados, magros demais, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas erradas, cheios de espinhas, de mumunha, de malícia ou de baba.
Aí estão, doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.

A alma dos diferentes é feita de uma luz além.
Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes deos sentir e entender. Nessas moradas estão tesouros da ternura humana.
De que só os diferentes são capazes.
Não mexa com o amor de um diferente.
A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois."

Autor: Senador Artur Da Távola

Primeira Postagem! Sobre a Sereia!

Nossa, sinto como se fosse meu primeiro dia de aula... Tão acanhada...

Na verdade visitei tantos blogs que comecei a me perguntar "porque eu ainda não tinha um?"

Sobre a Metade Mulher:

Sou casada, mãe de uma garotinha da pá-virada e de um molequinho elétrico, filha caçula e temporã.

Sobre a Metade Baleia:

Peso 96kg, e isso é quase o peso que atingi grávida de 9 meses.



Sobrou de tudo isso o bom-humor! Ainda bem!(texto atualizado em 24/04/16)