Diário da Balonada

Ah, não pense que é tão simples ser obesa... Que é somente uma vida de comer e dormir, pois definitivamente não é... Em 2016 resolvi mudar muitas coisas, uma delas foi o meu peso, já que eu caminhava ao 3º dígito na balança e não suportava mais me ver em espelho ou fotos... Algo tinha que mudar!

Como é muito difícil apenas mudar, recorri a uma boa muleta: o BALÃO INTRAGÁSTRICO!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fases da minha obesidade:

Assim como as fases da morte a minha obesidade também passou pela negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

NEGAÇÃO:

Nessa fase eu entrava numa loja de roupa e esticava a calça jeans 38 com lycra e falava: "Ah, entra sim". Coitada da vendedora, até tentava me prevenir e oferecia uma 44, mas eu não precisava disso. No provador a calça na passava no joelho, e a bendita da vendedora, já revoltada com minha falta de noção, perguntava: "ficou boa, moça?". Eu respondia: "Quase, faltou um dedinho pra fechar o zíper". A pobre alma ainda oferecia: "Quer uma calça 40?", eu devolvia irada: "Não, traz logo a 46".

Eu também tinha o péssimo hábito de provar blusas menores que eu, que ora descosturavam, ora enganchavam e eu tinha que pedir socorro paraa vendedora. Era terrível...

Depois de alguns anos lutando com a realidade veio a nova fase...

RAIVA:

"Eu odeio ser gorda! Ser gorda definitivamente não é um estado de espírito! Como fui ficar desse jeito? É culpa da mamãe, que sempre me deixou comer tudo que queria, e culpa do papai, que inventava sorvete todos os domingos. Essa não sou eu! Deve ser hormonal!"

Alegria de gordo é exame alterado na tireóide. Que bondade poder dizer que se é gordo porque não come demais e sim porque é hormonal. Até aí tudo bem, mas a matéria só surge da matéria. E meus exames estavam normais.


BARGANHA:

"Olha, prometo que se esse vestido entrar em mim eu deixo de comer chocolate. Mamãe, me deixa comer só mais uma taça de sorvete e eu prometo que não janto hoje. Mamãe, eu perdi 95 gramas essa semana, acho que já posso comer lasanha."

Eu me privava de refeições e explodia de comer em outras. Como cheguei a esse ponto? Assim fui para a fase seguinte...

DEPRESSÃO:

Chorava, e comia... Resmungava, e comia... Me isolava, e comia... E nessa fase alcancei meu peso máximo de 96 kg. Eu havia personificado a minha obesidade.

ACEITAÇÃO:

É a fase em que eu me encontro. Hoje peso 93kg... Fora isso já tentei de tudo, regimes drásticos, academia, simpatia, promessa, etc.

Não é que eu goste de mim por estar gorda, não confundam... Eu gosto de mim, APESAR de estar gorda!
A diferença agora é que não sou infeliz porque sou gorda, mas eu seria mais feliz se fosse mais magra.

Minha meta é atingir 70 kg. O caso é crítico... Sei que há muitos como eu por aí... Sentindo as mesmas coisas, com os mesmos objetivos...

Meta para final de Julho: 90kg

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